quinta-feira, 14 de outubro de 2010


Esquecer...
é necessário quando o abandono da memória é sobre o cachorro querido que sumiu aos treze anos de idade num dia de chuva,
é dolorido e árduo quando é da brilhantina do olhar da mulher que tem como companheira por mais de cinqüenta outonos e quarenta e nove primaveras.
A memória ás vezes vaza, escorre...
mas as marcas ficam...
nos gostos, no recheio das vontades
e na doçura ríspida das rugas.

4 comentários:

Natalia disse...

Bonito, bonito dito...
As rugas se esquecem como rugas!


(e quanto as papinhas, beterraba com quinua 'e campea!)

beijos

Fred Caju disse...

Como sou historiador, posso dizer com garantia: esquecer e lembrar, não são dicotomias.

João Lenjob disse...

Carol, Vim comunicar que meu blog, http://lenjob.blogspot.com,está atualizado com cinco poemas novos e pedir para que visite e comente nos posts de http://castelodopoeta.blogspot.com, para que ele se torne o canal artístico interativo mais interessante do país. Estamos trabalhando muito pra isso. E todo mundo da arte, principalmente aqui de BH está se antenando com o projeto.

João Lenjob

Dentro de Mim
João Lenjob

Edito a tua vida
Te invento querida
Te afastas de mim
Faço a manutenção
Com toda questão
E nem sinto dono de mim
Sofro com tua dor
E a tua lágrima sai antes em mim
(De mim)
E como feres meu peito
Crava com jeito um punhal de sentimento
Ou a falta dele
Queria um pouco pra mim.

Mariana Ruggiero disse...

Bonito, muito bonito...