terça-feira, 15 de julho de 2025

terminei de fazer uma visita domiciliar enquanto no entorno o movimento do tráfico pipocava, 

me senti estranhamente parte daquilo,

olheiros,  motos,

homens surgindo nos buracos dos muros ressabiados,

um certo ar de shopping oi, feira hippie e mercado central tudo ao mesmo tempo sabe?

tentava fingir normalidade, perguntava das atividades de vida diária do Sr Joaquim, media a porta do banheiro e construía orientações com ele e a filha, 

enquanto ali no quintal que logo dava à rua tudo acontecia...


trabalhadora do SUS que fala.

segunda-feira, 14 de julho de 2025

 desistentemente tentando...

tem dias que acredito,

que tenho fé,

noutros tudo desanda...

roda gigante, eterno sobe e desce montanha que hoje me levou ao chão

domingo, 6 de julho de 2025

 domingo de manhã, ou carta aberta à Karina Buhr

aprendi a não jogar o amor no lixo.

me ame tanto!
me ame muito!
me ame muito, sim.

pois com amor eu aprendi a respirar melhor.

com os olhos e a alma afetados de amor,
eu existo numa inteireza bonita, sabe?

que agita, transforma, enfeita e eleva meu redor.

me amo tanto que até dói.

aprendi a amar também os meus defeitos.

às vezes, rasgo.
às vezes, erro.

noutras, comparo.
e, em muitas vezes, sangro.

mas amo. amo.
amo tanto.